Ansiedade e fobia financeira: o impacto no brasileiro e como melhorá-la

Você já ouviu falar de ou sentiu ansiedade e até fobia financeira? Pois bem.

Partindo do cenário macro para o micro, estresse e ansiedade são temas em alta já há algum tempo, ainda mais em tempos de pandemia, não é mesmo?

E já são muito discutidos, justamente por estarem bastante presente no dia a dia da sociedade e, assim, se tornarem um ponto que dificulta muito a vida de cada um.

Então, não é de se surpreender que a realidade seja semelhante quando um deles, no caso a ansiedade, é atribuído às finanças.

Para que o assunto seja discutido de forma mais nítida e compreensível, será dividido em subtópicos, como:

  • Por que o tema é importante;
  • Quais as consequências no dia a dia;
  • Como melhorar essa realidade;

 

Por que o tema é importante

Bom, primeiro, destacaremos a importância de se falar sobre ansiedade e fobia financeira baseada em números.

Pois o panorama que esses resultados levantados na pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, a pedido da XPeed, braço educacional do grupo XP Inc., oferecem são preocupantes.

Segundo o levantamento, feito com 1.500 pessoas em outubro deste ano, por exemplo:

  • 46% têm ansiedade em relação à sua situação financeira;
  • 47% se sentem inseguros ao lidar com informações financeiras;
  • 39% adiam suas decisões por medo de encarar as finanças.

Por que falar sobre fobia financeira

E por aí vai…

Apesar desses altos números, especialistas da área relatam que, muitas vezes, as pessoas pedem ajuda, sem dizer ou saber de cara que possui fobia financeira.

Um dos motivos para isso e comentado pela Andreia Fernanda, fundadora da Rico Foco, é que esse ainda é um assunto muito desconhecido.

Segundo ela, em grande parte dos casos, a pessoa chega no simples, dizendo: “Estou endividada e preciso de ajuda”.

Então, acaba se tornando uma situação mais complicada de se abordar de modo rápido e simples.

Um tema pouco falado ou pouco conhecido deixa o processo de melhora mais comprido, tendo que ser aprofundado e tratado com cuidado.

De acordo com outra entendedora do assunto, Tatiana, que é coordenadora do tratamento para compradores compulsivos do instituto de psiquiatria do HCFMUSP, quanto mais as pessoas desconhecem o tema, mais elas ficam medo de enfrentar essa questão.

Afinal, como realmente evoluir num aspecto que é pouco conhecido e, portanto, se tem pouca informação a respeito?

Além disso, outo ponto que colabora para valorização do debate do tema é a variedade de pessoas que a situação alcança.

Isso porque essa ansiedade e fobia financeira não só chega ao público de baixa renda, como alguns podem imaginar.

Pelo contrário, vai além disso, alcançando até as pessoas de mais renda, como alguns que até usam a poupança ou trabalham como administradores financeiros.

No caso de indivíduos como administradores financeiros, Andreia complementa que há uma certa diferença entre conduzir as finanças de uma empresa e as próprias finanças pessoais, por exemplo.

Então, como não levar em conta uma condição que não ‘escolhe’ um perfil específico de pessoas, não é mesmo?

 

Quais as consequências

Além dos vários dados citados até aqui, há mais situações que elevam a relevância da ansiedade e fobia financeira.

Essa realidade traz por si só mais prejuízos do que apenas os individuais, por exemplo, chegando a proporções sociais, como:

  • Má qualidade da relação interpessoal;
  • Separação de casais (divórcios);
  • Distanciamento do seu círculo social.

Isso muito por conta de quando nos sentimos afetados por algo que perdura por algum tempo além do que o comum, isso se reflete em outras pessoas.

Quem está à sua volta no cotidiano, muito provavelmente, perceberá em algum momento a diferença de comportamento da sua parte.

Bem capaz até de identificar sua baixa autoestima em um nível fora do que costuma sentir de você e aspectos similares.

A parte pior fica por conta da maior possibilidade de isso gerar algum atrito maior entre você e esse indivíduo, seja ele seu pai, mãe, irmão, amiga ou qualquer outro.

E a partir daí, você perder o contato com alguém que algumas vez na vida chegou a ser tão importante na sua vida.

Por isso tudo, o melhor a se fazer, uma vez identificado o problema, é abrir espaço para essa discussão, lidar com a situação frequentemente até evoluir o suficiente.

Então, vamos para o encerramento deste texto desenvolver justamente esse ponto.

 

Como melhorar essa realidade adversa

Para mencionar algumas opções viáveis de se desenvolver quanto à ansiedade e fobia financeira, ficaremos com as ótimas dicas ditas pelas especialistas na área que participaram da Semana de Educação Financeira Xpeed, que ocorreu entre 23 e 27 de novembro.

A presença muito especial foram de Andreia Fernanda, fundadora da Rico Foco, Camila Magalhães, médica psiquiatra e psicoterapeuta, e Tatiana Filomensky, coordenadora do tratamento para compradores compulsivos do instituto de psiquiatria do HCFMUSP.

Para elas, alguns pontos são fundamentais para desempenhar um papel positivo no melhoramento de lidar com a ansiedade e fobia financeira, como:

  • O reconhecimento do problema;
  • A busca por e acesso à informação;
  • A abertura de espaço para diálogo;
  • O pedido de ajuda.

Não tendo de acontecer necessariamente nessa ordem, mas que sejam cumpridos, sim, de alguma forma.

Como identificar a fobia financeira

Para a Tatiana, por exemplo, quando se tem a informação e abre espaço para conversar sobre dinheiro, isso repercute na abertura e procura por esse tipo de conhecimento.

Nesse processo entre se ter a informação e abrir para diálogo, tem uma questão muito importante que, se não cumprida, se torna muito difícil caminhar bem nesse sentido.

E essa questão é justamente o reconhecimento ou o assumir que você lida e tem de lidar com essa situação complicada no dia a dia.

Então, quando se conquista a informação e identifica que tal situação é muito condizente com o que experiência, é necessário assumir aquilo para si.

Daí em diante, o caminho fica mais simples, porque abrir para diálogo o assunto dinheiro com as pessoas mais próximas à sua volta e pedir ajuda deixa de ser um obstáculo, geralmente.

É o que ressalta a Andreia, ao dizer que é preciso pedir ajuda e não esperar, de modo a dar sequência no desenvolvimento dos seus sentimentos e comportamentos.

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