CMN: o que faz, como atua e impacta seus investimentos

Dentre as várias siglas que permeiam o mercado financeiro, outra é a CMN, que se remete ao Conselho Monetário Nacional – mais um órgão importante para o funcionamento do sistema do setor no país.

Para se ter ideia, muitas decisões tomadas pelo CMN podem influenciar diretamente no seu dia a dia.

Seja em tarifas bancárias mais altas ou juros do cartão de crédito com condições mais amigáveis, as normas definidas pelo Conselho são refletidas na vida da população.

Para que assimile melhor, fique atento no que vamos mencionar neste texto.

 

O que é CMN

De certa forma, CMN é o órgão que está no topo do SFN (Sistema Financeiro Nacional) – isso quer dizer que ele tem poder sobre todas as outras instituições.

O Conselho é responsável por supervisionar a política de moeda e crédito no Brasil, de modo a assegurar o bom funcionamento do sistema, desenvolvimento econômico e estabilidade da economia.

Assim, tem como meta estabilizar a moeda nacional e manter o desenvolvimento socioeconômico do país.

“Como o CMN ajuda isso a acontecer?”

Divulgando as regras gerais que todas as empresas e instituições que atuam no sistema financeiro devem seguir.

Porém, é válido dizer que ele não intervém diretamente – delegando esse papel a outros órgãos -, mas é o grande divulgador de todas as regras do sistema financeiro.

Agora, quem faz parte do Conselho Monetário Nacional são:

  • Ministro da Economia;
  • Presidente do Bacen;
  • Secretário especial da Fazenda.

Em conjunto com outros órgãos, o CMN garante que o sistema tenha regras bem definidas.

Dentre as funções que exerce, uma das principais está determinar as metas de inflação a serem seguidas pelo Banco Central.

Mas ainda há outras funções atribuídas a esse órgão, como:

  • Fazer com que os meios de pagamento estejam de acordo com as necessidades da economia;
  • Utilizar recursos estrangeiros de forma adequada, equilibrando o valor externo da moeda nacional;
  • Encaminhar os recursos financeiros para instituições, tanto públicas quanto privadas, em diferentes regiões do país, garantindo desenvolvimento social e econômico;
  • Cuidar da liquidez – ou seja, a capacidade transformar um ativo em dinheiro – e solvência – ou seja, a capacidade de pagar as contas no prazo – das instituições do sistema financeiro;
  • Autorizar, em conjunto com o Banco Central, a emissão de papel moeda;
  • E mais.

Falando nisso, um ponto interessante sobre o Conselho é que, por ter o papel de regulamentar todas as instituições financeiras, está acima de outros órgãos como o Banco Central.

 

Órgãos ligados ao CMN

Outros órgãos do sistema financeiro ficam abaixo do CMN, mas eles atuam em conjunto para garantir o bom funcionamento do sistema.

 

Banco Central

O Banco Central – também chamado de Bacen, BC ou BCB – é responsável por executar e fiscalizar as entidades financeiras de acordo com as normas criadas pelo CMN.

Ele fiscaliza a atividade financeira, garantindo que todas as instituições atuem de acordo com a lei.

Descubra mais sobre o Bacen em outro post aqui do blog. (linkar aqui)

 

CVM

A CVM (Comissão dos Valores Mobiliários) fiscaliza o mercado de ações e todas as empresas que atuam na Bolsa de Valores.

 

Isso significa que se uma empresa abre o seu capital, ela passa a ser fiscalizada pela CVM.

Para entender melhor sobre a CVM, visite este outro post aqui do blog. (linkar aqui)

 

Comoc

Basicamente, a Comoc – Comissão Técnica da Moeda e do Crédito – assessora o CMN em relação a políticas monetárias e de crédito.

 

Anbima

A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) é uma representante das instituições financeiras.

É ela quem define as boas práticas para o mercado e oferece certificações para profissionais da área.

Também já falamos sobre esta associação neste texto no blog. (linkar aqui)

 

Susep

A Susep (Superintendência de Seguros Privados) exerce a função de controlar e supervisionar o mercado de seguros e planos de previdência privada.

 

Afinal, como o CMN atua

Uma vez por mês, os integrantes do Conselho se reúnem para discutir temas relevantes, como notícias que podem interferir na política econômica e tendências do mercado.

As reuniões até podem ser mais constantes, só que apenas se houver necessidade, como alguma crise acontecendo…

De qualquer forma, durante as reuniões, as decisões tomadas pelo CMN, assim que aprovadas pelos membros, são divulgadas no Diário Oficial da União.

Assim, depois da oficialização das decisões, os órgãos reguladores (como CVM e a Susep) se complementam na tarefa de fiscalizar se as novas regras estão sendo seguidas.

 

Como o CMN pode interferir nos seus investimentos

Ora… já que esse Conselho regula toda a atividade financeira no país, tem influência sobre os seus investimentos.

Exemplo: o CMN cria regras sobre os juros que pagamos e consegue estimular o consumo facilitando o acesso ao crédito.

Quer mais?

Essa instituição ainda ajuda a economia a manter o equilíbrio, ao definir uma meta para a inflação no horizonte de política monetária relevante para o Banco Central.

Por fim, esse órgão busca padronizar as relações entre investidor e instituição financeira, de modo a evitar abusos das instituições envolvidas no setor.

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