Como se proteger da inflação e maximizar sua rentabilidade?

Aprender como se proteger da inflação é um dos principais objetivos de investidores que buscam em títulos de renda fixa ou variável uma forma de dar segurança ao seu patrimônio. 

Afinal, aquele aumento numérico do seus rendimentos nem sempre quer dizer que esse crescimento se reflete na realidade. Pois a disparada geral dos preços pode superar sua rentabilidade e, no fim, corroer o poder de compra dos seus investimentos.

Em outubro de 2021, o IPCA acumulado dos últimos 12 meses já registra uma taxa de dois dígitos, no valor de 10,67%, segundo o IBGE

Esse valor, por sua vez, impacta diretamente no bolso do consumidor, que sente a alta do preço da gasolina, da carne e de diversos outros produtos que fazem parte do seu cotidiano.

Nesse sentido, quer entender melhor como funciona o aumento generalizado dos preços na economia e como se proteger da inflação com os investimentos certos? Continue a leitura até o fim para entender melhor. 

Como se proteger da inflação?

Antes de explicarmos como se proteger da inflação, vamos falar um pouco sobre esse fenômeno, como calculá-lo e seu impacto na economia. 

Entenda o que é inflação

Em resumo, a inflação consiste no aumento generalizado e contínuo de preços em local e período definido. Ela representa o quanto produtos e serviços ficaram mais caros em detrimento do poder de compra do consumidor.

Sabe aquela vez que você foi ao mercado e comprou um saco com cinco laranjas por um determinado valor, mas na semana seguinte você só conseguiu pagar por quatro unidades do mesmo produto com a mesma quantia? Esse é o fenômeno inflacionário se manifestando ao vivo e em cores na sua vida!

Esse termo é quase uma palavrão no Brasil, principalmente, em função dos altos níveis de volatilidade e aumento dos preços que o país viveu durante a década de 80. Para se ter uma ideia, entre 1980 e 1989, a inflação média no país foi de 203,55%, segundo o G1.

Portanto, para quem acha os valores de hoje em dia altos, saiba que o buraco pode ser ainda mais cavado.

Entretanto, apesar das más memórias para a população brasileira, esse indicador econômico é fundamental para o monitoramento da oferta e demanda do mercado e o acesso do cidadão a produtos e serviços.

Veja como calcular a inflação

Os principais indicadores para se calcular a inflação utilizados no Brasil são os seguintes:

  • Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): é o mais popular e mais utilizado indicador de cálculo da inflação no país. Divulgado periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seu objetivo é medir o fenômeno inflacionário relativo ao preço de um conjunto de produtos do varejo e constantes no consumo cotidiano do brasileiro comum.
  • Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M é utilizado especialmente para a realização de correções de contratos de aluguel, tarifas de energia, planos de saúde e mensalidades escolares. Além disso, também serve como termômetro das oscilações de mercado.

Assim, enquanto o IPCA é mais difundido por fazer uma média geral dos preços de itens do dia a dia, o IGP-M é mais útil para monitorar a inflação de serviços mais específicos, principalmente, a conta de energia e o valor cobrado pelos aluguéis de imóveis

>> Veja como indicadores de macroeconômicos podem influenciar diretamente seus investimentos no vídeo abaixo do canal Investimento às Claras:

4 dicas para se proteger da inflação

Agora vamos ao que interessa: como se proteger da inflação alta utilizando uma estratégia de investimentos rentável e segura? Confira as quatro dicas que separamos.

1. Fuja da poupança

Acessível para o investidor em virtude da instantaneidade de aplicação e resgate, além de rentável para os bancos, a caderneta de poupança atualmente é um produto financeiro de baixíssima rentabilidade e totalmente defasado no mundo dos investimentos.

Como uma rentabilidade abaixo de outros produtos mais vantajosos da renda fixa, como Tesouro Direto e CDB, a poupança hoje em dia tem rendimentos totalmente corroídos pelos índices inflacionários.

2. Invista em Tesouro IPCA+

Quer saber como se proteger da inflação? A própria renda fixa possui algumas opções bem mais atraentes do que a caderneta de poupança para proteger o poder de compra do seu patrimônio.

O mais famoso deles é o Tesouro IPCA+, cuja rentabilidade é indexada ao índice inflacionário calculado pelo IBGE. 

Dessa forma, como título híbrido, ele possui tanto a rentabilidade pós-fixada que acompanha o aumento generalizado de preços, como também um juros prefixado somado aos ganhos sobre a inflação.

3. Aplique em fundos imobiliários

Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são títulos de renda variável que possuem algumas opções que protegem sua rentabilidade da inflação a longo prazo. Isso acontece especificamente nos famosos “fundos de papel”. 

Os rendimentos dessa modalidade de FIIs provêm de investimento em títulos de renda fixa — em especial, papéis com lastro em imóveis (LCI, CRI e recebíveis imobiliários) e indexados ao IGP-M e ao IPCA.

>> Quer aprender a investir em fundos imobiliários? Saiba mais com esse conteúdo do canal Investimento às Claras:

4. Conhecimento do mercado e diversificação

Apresentamos aqui algumas opções de investimentos atrelados à inflação e a outros indicadores macroeconômicos, certo? 

Entretanto, especialmente na renda variável, é possível encontrar títulos com ótimo retorno e que com certeza podem te ajudar a se proteger da inflação, mesmo sem estarem indexados a elas. Entre eles, ações, ETFs, BDRs e os próprios fundos imobiliários.

Contudo , para escolher os ativos certos e que melhores correspondem ao seu perfil de investidor e estratégias, é preciso conhecimento não só dos fundamentos do mercado, mas também de estudo e monitoramento contínuos das características dos melhores títulos e de suas performances ao longo do tempo.

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Nesse sentido, a Escola de Investimentos da XP Inc pode te ajudar a definir a melhor estratégia de acordo com seus objetivos, além de te ensinar meios de montar uma carteira de investimentos diversificada e bem protegida de eventuais crises.

Gostou do conteúdo? Aprendeu como se proteger da inflação? Continue acompanhando os posts no blog da Xpeed para mais insights sobre o mercado financeiro e o mundo dos investimentos. Até a próxima!

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