Credit Default Swap (CDS): saiba tudo sobre esse indicador de risco

Risco e investimento são duas palavras que caminham juntas. Mas embora essa seja uma condição quase que inerente aos que se arriscam nesse universo, mantê-la sob controle é fundamental. Uma das maneiras de fazer isso é através do CDS – Credit Default Swap.

O CDS é uma ferramenta valiosa para o mercado. Por todo o mundo, ela é usada inclusive como indicadora de risco de investimentos em um país. Mas você sabe mais sobre seu conceito e sobre como ela funciona? Confira no artigo abaixo.

O que é CDS – Credit Default Swap?

Antes de entender o conceito de Credit Default Swap, precisamos esclarecer o que esses termos significam individualmente.

Default

Default é a definição para quando uma instituição descumpre com suas obrigações financeiras legais. Isto é, quando um dos envolvidos, seja um investidor, uma empresa ou até mesmo um governo deixa de cumprir com o acordado. Um exemplo de default vem da vizinha Argentina, que em 2001, por conta de uma crise econômica, deixou de pagar uma dívida de US$ 95 bilhões.

Swap

Swap é uma operação que tem como objetivo diminuir riscos e beneficiar seus envolvidos. Nela, um investidor ou uma empresa acordam uma troca de obrigações em torno de um investimento.

Para entender a swap na prática, imagine que uma empresa de exportação recebe em dólares, mas que seus custos operacionais são em reais. Para se proteger da variação cambial e, consequentemente, proteger seu patrimônio, ela faz uma operação swap. Assim, ela troca o indexador de seus ativos para a moeda americana.

Vamos ao Credit Default Swap?

Basicamente, o Credit Default Swap – também conhecido por sua sigla CDS – é um derivativo. Isso significa que ele é uma espécie de contrato financeiro que deriva de outro ativo financeiro. No caso do CDS, o ativo é uma operação de crédito. Com ele, o investidor pode negociar seu risco de crédito com outro investidor.

A adoção do Credit Default Swap é uma maneira de proteger e indenizar o investidor de renda fixa. Com ele, em casos em que a instituição financeira deixa de cumprir com as obrigações previstas, ou seja, comete um default, o portador do contrato é indenizado.

Para que essa indenização ocorra, o investidor busca no mercado uma instituição que se disponha a arcar com os prejuízos do default. Essa instituição, por confiar na instituição emissora do ativo, assume o risco em troca de uma espécie de prêmio. Em resumo, o CDS é uma espécie de seguro para o investidor.

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Para que serve o Credit Default Swap?

Como dissemos, o Credit Default Swap é uma proteção ao investidor. Embora nenhuma instituição tenha o plano de cometer default, é impossível antecipar as movimentações do mercado. Nesse caso, essa operação é uma maneira de resguardar os investidores através da promessa de indenização.

Outra função do CDS é atuar como indicador de risco de um país. Isto é, mostrar se uma nação tem chances de “dar um calote”. Por ter uma mecânica semelhante a de um seguro, quanto mais arriscado um país é, maior é o valor de seu Credit Default Swap. Com o CDS alto, consequentemente, mais o mercado enxerga riscos para investimentos no país, provocando efeitos no mercado.

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Como funciona o CDS?

Basicamente, o CDS funciona a partir da preocupação com a inadimplência.

Digamos que você decidiu investir em um título público. Embora essa seja uma das modalidades mais seguras de investimento, você se preocupa com a estabilidade do país e como ela pode impactar nesse ativo. Por esse motivo, você procura por uma instituição que lhe ofereça um seguro de proteção – o Credit Default Swap.

Caso o prazo de vencimento do seu título seja de 10 anos, você será cobrado anualmente pela seguradora durante todos eles. Essa taxa é aplicada para que a instituição assuma o risco, o que também é chamado de evento de crédito. Ao fim desse período, se houver inadimplência no momento do recebimento do investimento, a seguradora fará o pagamento da quantia.

Embora não seja o único derivativo existente na Bolsa de Valores, o CDS é um dos mais importantes, sendo usada por grandes fundos e gestoras de investimentos.

Principais características

Como dissemos, o CDS é considerado um derivativo. Isso porque seu valor está atrelado ao desempenho de outro ativo. Neste caso, ao do risco de não-cumprimento de obrigações.

Uma das principais características dessa operação é que ela tem seus termos definidos durante a assinatura do contrato. Isso acontece independentemente de onde ela é negociada, sendo dentro ou fora da Bolsa de Valores.

Entre as formas mais comuns de indenização acordadas estão:

  • Além da quantia principal, o equivalente às parcelas de juros não pagas.
  • A diferença entre o preço de mercado do título e seu preço de emissão.

Como ele é negociado

Por serem utilizados majoritariamente por investidores institucionais, isto é, fundos de investimento e seguradoras, o Credit Default Swap normalmente é negociado no mercado de balcão, onde estão os títulos não registrados na Bolsa. Também por esse motivo e pela falta de padronização, sua precificação se torna complexa.

Para evitar flutuações e garantir a definição de termos consistentes, é comum que os CDSs sejam negociados e documentados através de contratos da Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA). A flexibilidade de seus contratos permite que as definições estejam alinhadas com as necessidades de seus envolvidos.

Quais são as vantagens desse indicador?

Por ser o principal indicador do nível de confiança no mercado financeiro de um país, o Credit Default Swap tem grande adesão e relevância. Também por isso, ele acumula algumas vantagens, entre elas a possibilidade de uma maior liquidez decorrente da flexibilidade nos prazos de vigência dos contratos.

Outra vantagem do CDS é a possibilidade que o investidor tem de aplicar em títulos de emissores internacionais sem que haja risco cambial. Além disso, o fato de os pagamentos serem periódicos faz com que sejam inferiores à titularidade dos papéis em si. Veja outras vantagens:

  • Oferece um fluxo constante de pagamento e pouco risco de queda
  • Pode atuar como protetor do risco de crédito de ativos em balanços patrimoniais
  • Possibilidade de ajustar a carteira às condições do mercado

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