DDA: o que é e para que serve o Débito Direto Autorizado

O avanço da tecnologia e dos serviços de segurança geraram facilidades para a vida financeira dos correntistas. Se há 30 anos era impossível imaginar um sistema de pagamentos que dispensasse as idas às agências, hoje o impossível é imaginar ir a um banco. Entre os avanços que viabilizaram essa transformação está o DDA.

De início você pode até relacionar a sigla ao débito automático, mas na verdade ela significa Débito Direto Autorizado. Você conhece essa funcionalidade? Nesse texto falamos mais sobre ela, suas vantagens e desvantagens e como ativá-la em seu banco.

DDA: o que é?

O boleto de cobrança em papel foi concebido pelo Banco Central nos anos 1980. No entanto, o formato que conhecemos hoje, que inclui um código de barras, nasceu no ano de 1993. Naquela época, o objetivo era de ampliar o número de transferências no país. Hoje, esse sistema ainda é amplamente utilizado, mas a tecnologia e a economia digital lhe deram upgrades.

No sistema financeiro atual, é possível solicitar às empresas que o recebimento do boleto de cobrança seja via e-mail. Além de prático, o serviço também é sustentável, já que reduz consideravelmente o consumo de papel.

Em 2009, no entanto, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) decidiu ir além e lançou o DDA. Basicamente, um sistema que compila todos os boletos em aberto e notifica eletronicamente o pagador através de seu banco. Com o serviço, o correntista visualiza os boletos e autoriza o débito daqueles que deseja pagar.

Como funciona o DDA na prática

Pense em todos os boletos que recebe mensalmente. Você já deixou de pagar algum deles por não ter recebido ou por simplesmente ter esquecido? São tantos os débitos que, sem o mínimo de organização financeira, é difícil não se perder. E o DDA surge como opção para descomplicar esse processo.

Ao contratar esse serviço em seu banco, os boletos que você recebe todos os meses são concentrados em sua conta. Isso significa que os valores em aberto e ainda não vencidos ficam na área de DDA para visualização. Assim, você tem acesso às pendências em um único lugar. Para pagar qualquer uma delas, basta visualizar mais informações e confirmar os dados e, depois, autorizar o débito. O valor devido é descontado do saldo de sua conta e o credor é notificado sobre o pagamento.

>>> Se além de organização financeira você precisa ter equilíbrio financeiro, veja no vídeo abaixo qual é a diferença entre desejo e necessidade.

Para que serve o Débito Direto Autorizado

Como já dissemos, o DDA é um sistema que modernizou o modo como os boletos chegam até seu pagador. Além do caráter sustentável, devido a migração do papel para o digital, o serviço também é útil.

Quando você adere ao Débito Direto Automatizado, você está ganhando praticidade e organização. Isso porque os débitos em aberto ficam reunidos em um único lugar, evitando aquela busca pelos boletos. Assim, as chances de deixar algum deles vencer por esquecimento é consideravelmente reduzida.

A organização financeira também é um ponto importante que o DDA oferece. Quando você visualiza de maneira geral todas as pendências, consegue ter maior controle sobre seu dinheiro.

Qual a diferença entre débito automático e DDA?

Há quem relacione o débito automático ao DDA, porém, eles são serviços diferentes. No débito automático, o cliente utiliza um código específico – o código de débito automático – para cadastrar uma conta. Com esse código, ele autoriza que, mensalmente, seu banco resgate o valor devido no boleto de maneira automática. Esse serviço só precisa ser ativado uma única vez para que os pagamentos passem a ser recorrentes.

Já o débito direto automatizado não desconta valores automaticamente. Sua principal função é a de concentrar os boletos em aberto em um mesmo lugar. Feito isso, a responsabilidade de autorizar que o banco faça o débito de valores é do correntista. Isso é feito individualmente, autorizando cada boleto apresentado pelo sistema.

O que pode ser pago com o DDA?

Ao ativar o Débito Direto Autorizado, o sistema passa a apresentar os boletos atrelados ao seu CPF/CNPJ diretamente na conta. No entanto, esse recurso é permitido apenas para os boletos de cobrança. Veja alguns exemplos:

  • Condomínio
  • Fatura de cartão de crédito
  • Mensalidade escolar
  • Plano de saúde

Vale saber: os boletos de cobrança são uma ferramenta de pagamento de produtos ou serviços adquiridos. Eles são emitidos por um fornecedor e você deve pagá-los em troca da aquisição daquele produto/serviço.

O que não pode ser pago com Débito Direto Autorizado

Os boletos de serviço público e tributos não podem ser pagos com o DDA. Entre eles estão:

  • Água
  • Gás
  • IPTU e IPVA
  • Luz
  • Telefone

Como ativar o Débito Direto Autorizado (DDA)?

Se você quer otimizar o seu tempo e ter mais praticidade e organização em sua vida financeira, pode aderir ao Débito Direto Autorizado. O serviço é oferecido pelos bancos e a aceitação é feita diretamente na conta.

Veja os principais passos de como ter o DDA:

1. Habilite o serviço em seu banco

Você pode fazer isso através de um dos canais disponíveis, como aplicativo, e internet banking. Para isso, procure por DDA ou Débito Direto Autorizado. Em alguns bancos, é possível encontrar ainda o serviço com o nome sacado eletrônico.

Verifique as informações apresentadas sobre o serviço e, se estiver de acordo, habilite. Importante: normalmente não há cobrança de taxas por esse serviço, mas você deve se certificar diretamente com seu banco.

2. Administre os boletos recebidos

Com o serviço cadastrado, você passará a visualizar todos os boletos em aberto. É sua responsabilidade verificar as informações sobre eles, como dados e valores.

3. Autorize os pagamentos

Se todas as informações apresentadas estiverem corretas, basta autorizar o débito. Com isso, o banco irá deduzir o valor devido do saldo de sua conta.

>>> Veja também: cinco livros sobre educação financeira que você precisa ler.

Quais os cuidados com o Débito Direto Autorizado?

Mesmo que o DDA seja um serviço que gera praticidade, é preciso ficar atento a alguns pontos. O principal deles é que, em alguns casos, as empresas seguem enviando boletos físicos para o seu endereço. Se você não tiver atenção, pode acabar pagando duas vezes pelo mesmo produto/serviço. Para evitar dor de cabeça, solicite ao credor a suspensão dos boletos físicos e concentre os recebimentos digitalmente.

Como já dissemos, não é uma prática comum do mercado aplicar taxas sobre esse serviço. No entanto, é preciso se manter atento. Verifique diretamente com o seu banco se existe alguma cobrança para utilização do DDA. Além disso, verifique também se existe limite de pagamentos mensal utilizando o recurso. Assim, você evita surpresas.

Não se esqueça que diferentemente do débito automático, o DDA não faz pagamentos automáticos. Por isso, é importante que mensalmente você verifique todos os boletos em aberto e autorize individualmente seus pagamentos.

Quais as vantagens e desvantagens?

Assim como qualquer outro serviço, utilizar o DDA tem suas vantagens e desvantagens. Veja as principais delas antes de habilitar o serviço em sua conta.

Vantagens em usar o DDA

Sem dúvidas a agilidade é o ponto alto desse serviço. Em vez de gastar tempo reunindo todos os boletos que recebe por e-mail, em sua casa ou até mesmo os que ficam disponíveis no sistema da empresa credora, você os visualiza em um só lugar. Além disso, quando tem uma visão geral sobre as pendências, manter o controle financeiro se torna uma atividade mais simples.

Outra vantagem em aderir ao DDA é a facilidade de pagamento. Você avalia as informações sobre o débito e autoriza o banco a descontar o valor de sua conta. Nada de ficar tentando escanear o código no celular ou digitar aqueles números intermináveis.

A segurança também é um ponto que faz o DDA ser considerado. Como a conexão é feita diretamente entre banco e cobradores, os riscos de fraude de boletos são reduzidos significativamente.

Desvantagens em usar o Débito Direto Autorizado

Se você quer esquecer que os boletos existem, o DDA não é o melhor caminho. Isso porque o débito não é feito automaticamente e de maneira recorrente. Para que o valor seja quitado, é preciso autorizá-lo individualmente e mês a mês.

Outra desvantagem do serviço é que ele não é válido para todos os tipos de boletos. Neste caso, as cobranças de tributos e serviços públicos continuam sendo feitas da maneira tradicional.

Conclusão

Simplificar a vida financeira é um dos objetivos de quem gosta de praticidade. No entanto, a dica é sempre ficar atento se os serviços oferecidos são compatíveis com as suas necessidades e se, de fato, irão atender ao que você busca. O segredo é se manter sempre atento ao que o mercado oferece.

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