Descubra o que é rentabilidade negativa na renda fixa e como se proteger dela

Quando buscamos novos títulos para alocar parte do nosso patrimônio, um dos pontos de atenção é a rentabilidade. Afinal, quando investimos, estamos buscando maneiras de maximizar as nossas economias a fim de alcançar objetivos.

Mas você sabia que a rentabilidade de um papel pode ser negativa? Apesar de incomum, ela pode acontecer até mesmo na renda fixa – e é por isso que você precisa entender o que é rentabilidade negativa. Continue a leitura para saber tudo sobre o assunto.

O que é rentabilidade negativa na renda fixa?

Enquanto a rentabilidade é o que se espera ganhar em um título, a rentabilidade negativa pode ser resumida como um resgate do investimento com uma desvalorização do poder de compra. 

Ou seja, apesar do título ter rendido o esperado pelo investidor, seu ganho real foi menor que a inflação do mesmo período. Além disso, taxas e impostos podem fazer com que o valor ganho diminua ainda mais, levando esse investimento a ter uma rentabilidade negativa.

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Exemplo de rentabilidade negativa na renda fixa

Para uma melhor compreensão do que é rentabilidade negativa na renda fixa, vamos imaginar que Alan, um investidor moderado, aplicou R$ 1.000 em um Tesouro Selic + 0,5% de 3 anos após se deparar com algumas reportagens sobre as altas nos juros no Brasil.

Entretanto, após 2 anos, a situação política e econômica do País mudou e a Selic começa a cair. Alan então registrou:

  • No primeiro ano: aumento de 3% + 0,5%
  • No segundo ano: aumento de 3% + 0,5%
  • No terceiro ano: aumento de 1% + 0,5%

Agora imagine que enquanto o Tesouro Direto rendeu 8,5%, a inflação cresceu 10% ao longo dos 3 anos. Ou seja, sua aplicação sofreu uma rentabilidade negativa. E não se esqueça: apesar desse cenário ser raro, ele pode acontecer.

Quais são os riscos de investir em um fundo de renda fixa?

Após conhecer o que é rentabilidade negativa, você pode ter ficado em dúvida sobre investir ou não em ativos dessa categoria. A resposta é simples: assim como em qualquer outro investimento, é necessário analisar seus riscos e benefícios. Abaixo listamos os principais riscos da renda fixa, confira!

Risco de mercado

Vamos começar pelo risco de mercado, que engloba cenários como a rentabilidade negativa. Nele estão os riscos relacionados ao mercado econômico e político, que flutuam os preços e taxas de juros.

Risco de liquidez

Dentro das finanças pessoais, um dos pontos de maior atenção é o cuidado relacionado ao investimento da reserva de emergências. Existem pessoas que “prendem” parte da sua reserva em títulos de renda fixa sem liquidez, o que pode gerar prejuízos caso a pessoa precise vendê-la.

Isso porque é provável encontrar uma diferença entre o preço de compra e de venda de um título, levando a uma perda relativa ao valor inicial esperado de compra/venda por ambas as partes. 

Vale lembrar que a maior parte dos ativos de renda fixa pode ser resgatado antes do vencimento, mas possíveis multas também afetarão o valor resgatado.

Risco de reinvestimento

Você se lembra do Alan do exemplo? Suponha que ele tivesse investido em um Tesouro de 2 anos, ao invés de 3. Ele teria tido um bom retorno financeiro, mas quando seu título vencesse, as mudanças no cenário financeiro atrapalhariam seu reinvestimento.

É isso que é o risco de reinvestimento: não conseguir reinvestir o dinheiro em uma aplicação com condições iguais ou melhores que a aplicação inicial em caso de resgate, vencimento, venda ou pagamento de juros daquele ativo.

>>> Leia também: Renda fixa: como fica após aumento da Taxa Selic?

Como se proteger da rentabilidade negativa da renda fixa?

Apesar da possibilidade da renda fixa ter uma rentabilidade negativa e de oferecer outros riscos, ela ainda é um dos investimentos mais seguros do Brasil. 

Não se esqueça de que uma série desses títulos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), cuja função é proteger investidores prejudicados por instituições financeiras que tiveram problemas. 

Para os investidores, isso significa que a FGC pode proteger cada CPF em até R$ 250.000 por instituição, com o limite máximo de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Isso também vale para os juros rendidos pelo investimento, desde que esteja dentro do teto do Fundo. Dentre os títulos protegidos, estão:

  • Poupança: ela é um investimento seguro, mas por ter uma rentabilidade mais baixa que outros títulos igualmente seguros, ela não é recomendada;
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB): ao investir nesse título, você empresta dinheiro para os bancos financiarem suas atividades de crédito. Já a instituição financeira oferece em troca uma remuneração, os juros do investimento.
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI): igual ao CDB, mas, nesse título, o empréstimo é feito para o setor imobiliário. 
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): igual ao CDB, mas, nesse título, o empréstimo é feito para o setor agropecuário.
  • Letras de Câmbio (LC): título de crédito emitido por instituições financeiras que representa uma ordem de pagamento.

Ou seja, não deixe o medo da rentabilidade negativa atrapalhar o crescimento do seu patrimônio

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