Por que o mercado financeiro cresce tanto? Nós explicamos!

Você já viu muitas notícias ou conteúdos relacionados ao elevado crescimento do mercado financeiro, mas não entendeu direito ainda o porquê disso acontecer?

Para se ter ideia, já há algum tempo, a própria Bolsa se prepara para crescimento de até 30 vezes, com mercado precisando de ainda mais profissionais.

Então, no post de hoje, o blog da Xpeed resolveu destrinchar esse assunto para você entender melhor todo o cenário.

Abaixo, seguem os tópicos que serão discutidos com o decorrer do texto:

  • Mercado financeiro: o que é e breve história;
  • Anos 1990 x 2010 para cá;
  • 6 motivos para o mercado financeiro crescer tanto.

 

Mercado financeiro: o que é e breve história

Basicamente, dentro da área de economia e finanças, mercado financeiro é como se intitula todo o universo que envolve as operações de compra e venda de ativos financeiros.

Mas o que são ativos financeiros?

Bom, de forma resumida, são tudo que tem valor e pode ser negociado justamente no mercado financeiro.

Exemplos?

Ações, moeda e câmbio, commodities e por aí vai…

O que é o mercado financeiro

Para contar um pouco da história deste mercado no Brasil, ele começou a ser desenvolvido, essencialmente, quando o primeiro Banco do Brasil foi criado no país.

Uma época em que a família real portuguesa ainda veio para o Brasil, mais precisamente em 1808.

Por outro lado, a primeira bolsa de valores com as características básicas que conhecemos hoje surgiu quase 40 anos mais tarde, em 1845, no Rio de Janeiro.

Para se ter ideia, a Bolsa de Valores de São Paulo só apareceu em 1890 e, como se deve imaginar, todo esse mercado passou por várias transformações ao longo dos anos.

Agora dentro do século XX, após o fim da Segunda Guerra Mundial, houve a necessidade de uma maior organização financeira no mundo, então surgiram o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional – esse último também conhecido como FMI.

Enquanto isso, no Brasil, foi criada a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) para supervisionar as instituições financeiras existentes.

Em 1964, ocorreu uma reestruturação do mercado financeiro brasileiro – processo conhecido como a Reforma Bancária no Brasil – com a substituição do SUMOC pelo Banco Central do Brasil e a criação do Conselho Monetário Nacional.

Oito anos mais tarde, a Comissão de Valores Mobiliários foi criada.

Depois disso, só em 1988, surgiu o Primeiro Acordo de Capital do Comitê de Basileia, em que os bancos centrais dos países com as maiores economias assinaram um termo para regular procedimentos.

Para o mercado financeiro, essa mudança trouxe alterações como a constituição dos bancos múltiplos – que permitiu a uma pessoa jurídica poder operar com mais de uma carteira (ex: desenvolvimento, investimento e comercial).

No ano de 1994, o Brasil implantou o Plano Real, promovendo uma série de medidas para a recuperação da economia e do mercado financeiro nacional.

Por último, em 2002, verificou-se a necessidade da reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiros no mercado financeiro local.

Dessa forma, então, foi criado o Sistema de Transferências de Reservas e Transferência Eletrônica Disponível.

Bom lembrar também que, há alguns anos, a Bolsa de Valores de São Paulo assumiu o controle de diversas bolsas regionais, finalmente se unindo a Bolsa de Mercadorias e Futuros para se tornar a BM&FBovespa.

>> Leia também: Consultor de Investimentos: saiba como ser um consultor CVM

Anos 1990 x 2010 para cá

Dentro de toda a história, poderíamos citar inúmeros acontecimentos e mudanças no mercado financeiro, mas nos ativemos a um recorte para que o entendimento e contextualização possam ficar mais simples.

Pensando nisso, resolvemos também apresentar uma comparação do mercado financeiro nos anos 1990 e de 2010 para cá.

Começando pelo período mais antigo, nos anos 1990, por exemplo, existiam quase que somente bancos.

Mas de 2010 para cá, o crescimento de fintechs e outras instituições financeiras foi exponencial e mudou o mercado.

Os anos de 1990 também ficaram marcados, em grande parte, pelas altas taxas de juros, enquanto hoje temos, por exemplo, a Taxa Selic em 2% ao ano.

Além disso, naquela época de 30 anos atrás, o mercado financeiro era bem restrito e inacessível, permitindo praticamente apenas ‘investidores qualificados’ de realizar seus investimentos.

Para se ter ideia, até há pouco tempo, era preciso ter no mínimo R$ 1 milhão investido (investidor qualificado) em mercado financeiro para fazer investimentos mais simples.

Hoje, boa parte das opções para se investir não exigem que a pessoa seja esse investidor qualificado, aumentando a possibilidade de carteiras mais diversificadas.

 

6 motivos para o mercado financeiro crescer tanto

Globalização

A proximidade que há entre os países quase do mundo todo, desde meados do século XX, facilitou o crescimento de muitos mercados e setores.

Um deles, talvez obviamente, é o mercado financeiro, já que mercados de vários países quebraram as fronteiras que antes existiam ao se unirem.

Dessa forma, todo esse ambiente foi e vem se tornando cada vez mais moderno, mais maduro e mais complexo.

O que traz mais uma consequência: novas formas de atuação dentro dele, ou seja, novas oportunidades!

Até alguns anos atrás trás, praticamente a única carreira existente na área era o de bancário, enquanto agora o cenário está muito mais expansivo.

 

Democratização da Bolsa de Valores

Dentro do que foi mencionado brevemente no tópico de comparação entre a década de 1990 e de 2010 para cá, com o caso do investidor qualificado, está o processo de democratização da B3.

Mas o que é isso?

É justamente a abertura do mercado financeiro para que o pequeno investidor, por exemplo, possa ter mais opções de investimento, não se atendo a um público mais limitado de participação.

Cada vez mais de olho no perfil do investidor, a B3 vem realizando pesquisas para entender o público que deseja investir e, depois, tomar medidas que facilitem o crescimento de participação nesse sentido.

6 motivos para o crescimento do mercado financeiro

 

Grande queda da taxa de juros

A queda gigante da taxa de juros limita ainda mais o investimento em renda fixa, fazendo se tornar essencial mexer com renda variável.

Por quê?

Para se ter noção, grande parcela dos investidores foram e são por muito tempo atrelados a aplicações em renda fixa como a poupança.

Com a queda da taxa de juros, que conduz boa parte dos rendimentos em renda fixa, a renda variável ganha bastante força dentro do mercado.

Dessa forma, não só mais investidores optam por fazer aplicação em renda variável, bem como as oportunidades de atuação nessa área se abrem em boa proporção.

 

Crescimento de fintechs e mais instituições financeiras

Primeiro, para quem não sabe, fintech é um termo que surgiu da união de palavras financial e technology.

O que isso quer dizer?

Que são empresas ou startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro.

Esse acontecimento derrubou a filosofia adotada por bancos convencionais, revolucionando o mercado nesse sentido.

De algum tempo para cá, então, mais escritórios de agentes autônomos, fintechs, instituições financeiras surgiram e, assim, mais campos de atividade.

 

Maior interesse do público pelo mercado financeiro

Pesquisas recentes mostram o aumento do interesse do povo brasileiro por assuntos financeiros.

Por exemplo, a pesquisa realizada pela Xpeed, braço da educação da XP Inc., e o Instituto Locomotiva mostra que metade dos entrevistados procuraram mais por assuntos relacionados às finanças do que em 2019.

Além disso, o mesmo estudo mostra grande espaço de expansão para aprendizado e atuação, já que 90% apontam ter necessidades em termos de educação financeira.

Enquanto isso, a pesquisa Raio X do investidor mais recente, realizada pela Anbima, revela que o número de investidores saiu de 42 para 44%.

Isso ganhou ainda mais força durante a pandemia, quando o número de contas cadastradas na B3 saltou de 1,6 milhão em 2019 para 3,17 milhões em 2020.

 

Bom nível de remuneração

Outro grande atrativo do mercado financeiro é que costuma remunerar bem, ainda mais devido ao seu alto crescimento, como já citado neste texto algumas vezes.

Seja tendo algum emprego que envolve o setor ou investindo mesmo, os retornos, salários e rendimentos, geralmente, se destacam quando comparados a outros mercados.

Assim, o número de interessados que já vem crescendo tem potencial para ainda mais evolução com o passar do tempo.

Botão Quero um MBA de Investimentos e Private Banking

Continue Aprendendo

spot_img